PIB deve cair 3,5% em 2016 e crescer 0,8% em 2017

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São Paulo, 30/11/16 – O IBGE divulgou hoje o resultado das contas nacionais do terceiro trimestre de 2016. Segundo o órgão, o PIB apresentou retração de 0,8% em relação ao segundo trimestre do ano, igual à projeção da GO Associados e um pouco melhor que a mediana do mercado que esperava queda de 0,9%.

Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior o PIB apresentou queda de 2,9%, desacelerando em relação a queda de 3,6% registrada no trimestre anterior e no acumulado do ano a queda é de 4,0%. Como esperado, todos os principais componentes do PIB, tanto pela ótica da oferta, como da demanda apresentaram queda na margem.

Do lado da oferta, a indústria apresentou queda de 1,3%, devolvendo a alta de 1,2% do trimestre anterior;  o setor de serviços manteve a queda de 0,6% já apresentada no trimestre anterior; e a agropecuária caiu 1,4%, aprofundando a queda de 0,8% do segundo trimestre.

Do lado da demanda, destaque para a forte queda da formação bruta de capital, que recuou 3,1% no trimestre, mais do que devolvendo a modesta alta de 0,5% do trimestre anterior. O consumo das famílias segue em queda, de 0,6%, mas inferior ao recuo de 1,0% do segundo trimestre. Consumo do governo, exportações e importações também caíram, 0,3%, 2,8% e 3,1%, respectivamente.

Em resumo, os dados divulgados hoje pelo IBGE vieram em linha com as projeções da GO Associados. Para o quarto trimestre do ano, a expectativa é que o PIB apresente mais uma modesta queda na margem, de 0,2%, em linha com alguns indicadores antecedentes já divulgados para o período. Isso significa que o PIB deve apresentar queda de 3,5% em 2016, um pouco menor que a registrada em 2015, que foi de 3,8%.

A projeção da GO é que a atividade volte a apresentar crescimento a partir do primeiro trimestre de 2017, mas ainda de forma modesta. E a atividade deve crescer com mais intensidade a partir do segundo semestre, respondendo ao ciclo de redução da taxa básica de juros Selic. Dessa forma, o PIB deve apresentar crescimento de 0,8% no ano que vem.

Luiz Castelli – luiz.castelli@goassociados.com.br

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