Reforma da previdência evitará que o Brasil se torne a nova Grécia, afirma Gesner Oliveira

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São Paulo, 27/12/2016 – Enquanto a situação fiscal não melhorar, a economia não vai melhorar, e enquanto a economia não melhora, não há emprego para muita gente. Esta é a opinião do economista Gesner Oliveira, sócio da GO Associados. Hoje pela manhã, em sua coluna na rádio Bandeirantes, Gesner falou sobre o efeito do déficit fiscal no dia a dia das empresas e pessoas.

Ontem o Tesouro Nacional divulgou que no mês de novembro, o governo central (Tesouro, Previdência Social e Banco Central) apresentou um déficit de R$ 38,3 bilhões. Para Gesner o resultado mostra como é grave a situação das contas públicas, o que prejudica a retomada da economia. “Uma condição necessária para o país voltar o país a crescer, gerar empregos e manter uma baixa taxa de inflação é que as contas públicas estejam equilibradas”, afirmou.

Segundo Gesner, além do desemprego, a crise fiscal cria também uma tensão na economia pela possibilidade de aumento da já elevada carga tributária. “Os contribuintes temem ter que pagar esta conta através de mais impostos. Para que todos tenham um mínimo de tranquilidade com a economia é necessário continuar o ajuste fiscal”, afirmou.

No sentido de equilibrar as contas públicas, disse ele, “o Governo Temer foi bem-sucedido em aprovar neste ano a PEC do teto de gastos”. Para ele, o grande desafio será o de aprovar a reforma da Previdência, que é o grupo que corresponde à maior fração das despesas do governo central, cerca de 40%. “É preciso garantir que a trajetória da dívida pública não apresente um caráter explosivo nos próximos anos, e assim evitar que o Brasil vire a nova Grécia”, afirmou.

 

Rafael Oliveira, rafael.oliveira@goassociados.com.br

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