Os efeitos da irresponsabilidade fiscal

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Não se discute o resultado das eleições. Democracia é isso: garante à população sua livre escolha, que tem que ser respeitada.

Passo seguinte é apoiarmos o que consideramos certo e criticarmos aquilo que se mostra errado.

Crítica que não deve estar apoiada em ressentimentos, mas sim em fundamentos, em fatos concretos.

É nesse contexto que nos colocamos em estado de alerta e radicalmente contrários às recentes declarações do presidente eleito, sinalizando que não dará a devida importância “à tal da Responsabilidade Fiscal”, criticando inclusive o excesso de “sensibilidade do Mercado”.

Priorizar gastos sociais, reduzir ou mesmo acabar com a fome no país, são objetivos louváveis, que devem ser apoiados por todos.

A questão (complexa) que se coloca é quais os caminhos para alcançar esses objetivos. Não vemos na pauta do novo governo, por exemplo, a tão necessária Reforma Administrativa, que tem relação direta com o volume de gastos e com a qualidade desses gastos.

No entanto, as declarações sobre a responsabilidade fiscal já tiveram efeito negativo, com a alta do dólar e a queda nas Bolsas.

Alta do dólar torna mais caro as importações, gerando inflação em produtos até da Cesta Básica. Outro efeito perverso é o de causar insegurança aos investidores. Só no Saneamento precisamos de cerca de R$ 800 bilhões de investimento, que se não vierem, representam menos água e esgoto tratado para os mais pobres.

Torcemos e vamos contribuir para nosso Brasil dar certo. Para ir em frente, trilhando caminhos seguros que não repitam erros custosos do passado.

Carlos Eduardo Lima Jorge
Presidente

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