Mercado segue resistindo à tensão política. Pior efeito é a protelação de investimentos

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POR JARBAS DE HOLANDA

Em torno do meio dia, a Bovespa registrava alta, para além de 62 mil pontos, consolidando a recuperação de 1,8% conseguida ontem. E a cotação do dólar reduzia a perda de quase 1% sofrida na véspera, crescendo pouco mais de 0,5%. Tais reações sinalizam que o mercado financeiro já havia “precificado” nas semanas anteriores as denúncias da PGR contra o presidente Michel Temer (a primeira formalizada ao STF na segunda-feira à noite). Cujo preparo, com ampla cobertura da mídia, foi responsável pela queda, nesse período, do piso do patamar do Ibovespa dos 64 mil pontos para menos de 62 mil pontos. De par com a elevação do preço da moeda americana para além de R$ 3,30.

Essa recuperação indica resistência dos investidores à nova etapa da crise política, com a persistência de relativo descolamento da economia em relação a ela. Cujo efeito básico, negativo, tem sido a protelação, o atraso, de investimentos externos e internos inclusive em programas de parcerias nas áreas de infraestrutura que deviam estas sendo desencadeados. Efeito decorrente em grande medida da incerteza que a crise tem gerado sobre a viabilização das reformas estruturais, sobretudo a da Previdência.

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