Dois ingredientes significativos da pesquisa publicada ontem: 1- quedas da intenção de votos no ex-presidente Lula e da perspectiva de viabilidade de sua candidatura (combinadas com o apoio da maioria dos entrevistados à prisão dele). 2- Sem que isso, porém, aponte para o encaminhamento da montagem de uma composição em torno de concorrente representativo das chamadas forças de centro, reformistas, mas ao contrário, favorecendo a alternativa do radicalismo direitista de Jair Bolsonaro.
A persistência dos obstáculos (partidários e pessoais) a tal composição, de par com a fragilidade política e institucional do governo do presidente Michel Temer (agravada pela ameaça de uma terceira denúncia da PGR), refletem-se na manhã de hoje num rebaixamento do conjunto das ações da Bovespa bem além de 1% (para o patamar dos 83 mil pontos). Num contexto em que o atraso (para depois da Copa da Fifa), com o risco de inviabilidade dessa composição, reforça as incertezas dos agentes econômicos sobre o sucesso de uma chapa reformista na decisiva disputa presidencial deste ano.
POR JARBAS DE HOLANDA