Reformas. Temer enfrenta bem as resistências, que aumentam as incertezas do mercado

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POR JARBAS DE HOLANDA

Com as concessões já feitas e admitida mais uma à frente (a idade mínima de 64 ou 63 anos para as mulheres), o Palácio do Planalto espera ter garantido a aprovação da PEC da Previdência na Câmara até junho, e a assegurado no Senado em agosto ou setembro. Para o quê, de par com o avanço na tramitação do projeto da reforma trabalhista, o próprio presidente Michel Temer assumiu o comando das articulações nas duas casas do Congresso. Com o respaldo do STF para a retomada da publicidade no rádio e na TV em favor das mudanças no sistema previdenciário (que havia sido suspensa por decisão de uma juíza de 1ª instância).

Mas as resistências corporativistas de vários deputados da base governista (refletidas no placar apertado com que foi aprovado na Câmara o projeto de terceirização, seguidas pela ameaça de divisão da bancada do PMDB no Senado, feita por Renan Calheiros), têm ampliado a incerteza no conjunto do mercado sobre a viabilidade da principal reforma em debate – quanto à preservação de seus itens básicos. Incerteza traduzida na sequência de índices negativos da Bovespa. Bem como das projeções do PIB deste ano – mais uma vez reduzidas pelo boletim Focus de hoje, de 0,47% para 0,41%.

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