Os mercados interno e externo e a privatização da Eletrobras

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POR JARBAS DE HOLANDA

Depois de um rápido pequeno avanço no fechamento de ontem da Bovespa (logo após o anúncio da proposta do governo federal de partir para a privatização) as ações da Eletrobras davam na manhã de hoje um salto em torno de 35% na bolsa brasileira (que com isso chegou ao patamar dos 70 mil pontos). E também do mesmo nível na de Nova York, refletindo o grande impacto da proposta junto aos investidores externos. Similar ao gerado no primeiro governo FHC pelo anúncio da privatização da Vale do Rio Doce.

Tal “guinada” (como parte da imprensa tratou o fato) indica a troca da tentativa, inviável, de manter a estatal (com mais de R$ 50 bilhões de dívidas, produto do irresponsável populismo do governo Dilma Rousseff), pelo projeto de sua reestruturação como atrativa e forte empresa privada. Da qual o governo participará como acionista minoritário mas preservando poder de veto em decisões estratégicas. E com a privatização o ministério da Fazenda espera poder contar em 2018 com cerca de R$ 20 bilhões para não ter que elevar a meta de déficit fiscal.

Essa “guinada” – nova e importante ação do governo Temer contra o gigantismo estatal – reforçará sua agenda reformista. Ao mesmo tempo que passará a ser um dos temas centrais de ataque pelo oposicionismo radical do ex-presidente Lula.

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