Os gastos da Previdência e do setor público

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POR JARBAS DE HOLANDA

O debate dos principais fatores da crise fiscal (bem como da consequente, enorme e generalizada queda dos investimentos governamentais na infraestrutura econômica e social) ganha enfim amplo espaço na mídia.

Manchete do caderno de Economia, do Globo: “Contas não fecham. Previdência já consome sete vezes mais que a Saúde. Em 2025 pode chegar a dez vezes”. Abertura da reportagem sobre exposição do ministro do Planejamento Dyogo Oliveira, feira ontem para investidores externos: “As despesas previdenciárias abocanham, hoje, 56,8% do Orçamento da União e vão atingir R$ 735,5 bilhões este ano”.

Trecho de artigo do ex-ministro Delfim Netto, no Valor, com o destaque “País está fiscalmente quebrado, seu setor público não cabe no PIB”: “A nação não aguenta mais ter de sacrificar os investimentos em saúde, em educação, em pesquisa, em infraestrutura… no altar dos ‘sagrados’ salários do alto funcionalismo corporativista e de suas generosas aposentadorias”.

E a Folha publica ampla entrevista do economista Armínio Fraga, com o título “Uma guinada populista levará tudo para o brejo” e subtítulo: “Ex-presidente do BC diz que economia só volta a crescer com vigor quando houver clareza sobre próximo governo” (a ser eleito em 2018). Trecho da abertura: “Se a mudança imprimida na direção da política econômica for mantida, consolidará uma coisa muito boa, diz ele. Mas poderá acontecer o contrário,uma guinada populista, e ir tudo para o brejo”.

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