O “cobertor curto” e os programas sociais

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JARBAS DE HOLANDA

Os efeitos da crise fiscal do país na forte queda dos investimentos nos programas sociais são o tema de editorial do Estadão de hoje, com o título aspeado acima. A relação dos programas mais afetados começa com o habitacional Minha Casa Minha Vida – “que recebeu apenas R$ 1,8 bilhão de janeiro a agosto deste ano, contra R$ 7,9 bilhões em 2016 e R$ 20,7 bilhões em 2015”.

A causa direta do problema é avaliada, assim, pelo ministério do Planejamento: “Como o governo é obrigado a cobrir o déficit da Previdência, e esse déficit não para de crescer, os gastos sociais (não atendidos) estão, portanto, aumentando, e não diminuindo. Hoje esse tipo de gastos corresponde a 68,7% da despesa pública total – da qual 57,18% destinam-se apenas a aposentadorias. Todos os demais setores – inclusive saúde e educação que deveriam ser prioridade na área social disputam o restante das verbas”. Conclusão do editorial: “Para resumir, o cobertor é muito curto – e a Previdência, se não for reformada, vai deixar muita gente, especialmente os mais pobres, passando frio”.

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