Novo patamar do Bovespa reforça economia, mas em semana cheia de incertezas

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POR JARBAS DE HOLANDA

No final da manhã, avanço da Bovespa para mais de 74 mil pontos, maior índice de operação da sua história, juntamente com queda da cotação do dólar para menos de R$ 3,10. Isso de par com a divulgação, pouco antes, de dados do boletim semanal Focus: melhoria do PIB, inflação ainda menor e Selic caindo de 7,5% para apenas 7%. Novo salto da nossa bolsa e boas projeções econômicas refletindo, de um lado, expectativas do mercado de redução dos riscos de instabilidade política e, de outro, duas apostas: na sequência de retomada do crescimento e num cenário positivo no pleito presidencial de 2018.

A redução de tais riscos resultante do enfraquecimento, político e jurídico, da segunda denúncia contra o mandato presidencial de Michel Temer por parte de Rodrigo Janot. E a referida aposta, sobretudo do impacto do depoimento de Antonio Palocci em Curitiba, na última quarta-feira. Com efeitos (já previstos e a se agravarem nos desdobramentos que deverá ter) que praticamente inviabilizarão uma candidatura de Lula, a única com potencial de representar competitivamente o polo antirreformista nesse pleito.

Mas a semana que começa, entre hoje e sexta-feira, terá um conjunto de eventos capazes de reforçar ou fragilizar as tendências positivas do início dela. Entre tais eventos, o interrogatório de Lula por Sérgio Moro, o julgamento pelo STF do pedido feito por Temer de suspeição de Janot para formalização de mais uma denúncia; e, na dependência disso, essa formalização. Além de atos da cúpula do STF sobre a validade da delação dos dirigentes da JBS e a extensão da prisão deles ao ex-procurador da PGR, Marcelo Miller.

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