Lula preso. Reação só do PT e de radicais. Mas tensão do mercado com eleição à frente

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A semana começa com as atividades normais da economia e da sociedade – sem a “greve geral” e a “convulsão social” que a cúpula do PT preparava e previa como resposta à prisão do ex-presidente. O mix de firmeza e moderação do juiz Sérgio Moro e da PF no cumprimento do mandado judicial – frustrando a perspectiva de ações policiais contra o bunker de “resistência popular” a esse cumprimento (mantido em São Bernardo), terminou esvaziando-a, com a rendição do condenado à Justiça. Pesquisas que começam a ser feitas deverão indicar amplo apoio da opinião pública à prisão.

Apoio praticamente unânime nos meios empresariais que, porém, coincide com a persistência nesses meios de tensão a respeito do que é mais importante para o país hoje: a disputa presidencial à vista. Cujo encaminhamento, a menos de seis meses, mantém e até agrava a incerteza sobre um desfecho favorável a uma candidatura reformista por meio de uma convergência de forças centristas, até agora extremamente fracionadas. O que poderá abrir espaço eleitoral a um populismo esquerdista ou direitista. Incerteza refletida hoje cedo em queda na Bovespa e aumento da cotação do dólar.

POR JARBAS DE HOLANDA PEREIRA

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