Empresários propõem a Kassab programa de desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil

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São Paulo, 06/10/2016 – Uma proposta de criação de uma força-tarefa para desenhar políticas que acelerem a inserção do Brasil em processos de manufatura avançada, também conhecida como Indústria 4.0, que usa tecnologias digitais para dinamizar e impulsionar a produção industrial, foi apresentada na última sexta (30) ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), segundo matéria publicada pelo portal de notícias da CNI.

Os resultados das imersões em inovação realizadas pela CNI em laboratórios de ponta e empresas referências nos Estados Unidos e no Brasil foram aprestados ao ministro. “A MEI tem feito esforços para criar competências nas empresas e instituições de P&D para fazer frente a esse movimento (manufatura avançada), mas a indústria brasileira está um pouco atrasada. A ideia é que esse esforço da CNI, em parceria com o governo, possa acelerar a entrada do Brasil nessa nova fase”, afirmou Pedro Wongtchowski, coordenador da MEI.

Segundo ele, que também é membro do Conselho de Administração do Grupo Ultra, sem um programa nacional, a competitividade da economia brasileira poderá ser comprometida no futuro, uma vez que as maiores economias do mundo, como Estados Unidos, Alemanha e Japão, vêm desenvolvendo instrumentos de incentivo à modernização da produção.

De acordo com o portal, Kassab reconheceu a importância do tema. Disse ainda que o caminho para a retomada do crescimento econômico é o desenvolvimento da inovação no Brasil.  “Nenhum país saiu de uma crise sem aumentar seus investimentos em pesquisa e inovação. O mundo tem vários exemplos disso e, no Brasil, não será diferente”, reiterou.

Segundo o ministro, um dos principais objetivos é reduzir a burocracia para o investimento. Ele pediu o apoio dos empresários para que o orçamento da pasta proposto para 2017 seja mantido, uma vez que a área foi uma das que mais sofreu cortes de recursos recentemente.

A expectativa do MCTIC, segundo o portal, é que o Congresso mantenha o orçamento proposto para o ano que vem, que prevê R$ 5,19 bilhões para as áreas científicas e representa 21,7% a mais que os recursos reservados para este ano. Com o setor de comunicações, o orçamento sobe para R$ 5,762 bilhões.

David Abreu – david.abreu@goassociados.com.br

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