Bloqueio social ao Fundão reabre debate de financiamento privado

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POR JARBAS DE HOLANDA

Em meio à persistente gravidade da crise fiscal, a comissão da Câmara dos Deputados que trata de parte das regras para as eleições gerais de 2018 (com prazo, esta semana, para definir o que será encaminhado ao plenário), não resistiu ao forte repúdio da sociedade à proposta da montagem de um Fundão com R$ 3,6 bilhões para financiamento das campanhas para essas eleições. E tenta preservá-la em parte reduzindo o montante para R$ 2 bilhões. Que seriam complementados por uma retomada, parcial, do financiamento privado, dependente de mudança pelo STF da proibição dele adotada três anos atrás (mudança já admitida por alguns de seus ministros mas dificilmente viabilizável no curto espaço de tempo restante para isso).Cabendo assinalar que ao provável Fundão de R$ 2 bilhões somam-se mais gastos do Tesouro Nacional com o sistema partidário (R$ 800 milhões do Fundo Partidário e cerca de R$ 600 milhões com a isenção fiscal da propaganda “gratuita” dos partidos no rádio e na televisão).

O debate sobre as regras eleitorais – do financiamento e do Distritão, também repudiado e substituído pela alternativa de um subdistritão – divide as manchetes políticas do começo desta semana com o agravamento das divergências no PSDB. Entre o grupo que deseja o desligamento ou rompimento com o governo Temer (priorizando objetivos eleitorais) e o ainda majoritário que se opõe a isso, com a justificativa de seguir priorizando a aliança com o Palácio do Planalto em torno da agenda reformista comum.

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