Acirrado o choque entre a agenda da Lava-Jato e das reformas

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POR JARBAS DE HOLANDA

Explosiva entrevista de Joesley Batista à revista Época, do final de semana. E dura resposta do Palácio do Planalto – através de vídeo divulgado hoje nas redes sociais, em que o presidente Michel Temer se defende da acusação de “chefe de organização criminosa” e antecipa ações civil e penal contra o delator da JBS, a quem qualifica como um “bandido que não poderá ficar impune”. À referida entrevista deverá seguir-se a apresentação nos próximos dias ao relator da Lava-Jato no STF, Edson Fachin, pelo procurador-geral Rodrigo Janot, de denúncias do presidente da República – unificadas ou fatiadas. Enquanto o vídeo da resposta foi gravado antes da viagem que Temer começou hoje à Rússia e à Noruega.

Os dois fatos acentuam agudamente o conflito entre a radical agenda punitiva de corrupção de agentes políticos assumida pelo chamado Partido da Justiça (Ministério Público e Polícia Federal) e as dos poderes Executivos e Legislativo. Num contexto em que a prioridade anterior conferida às reformas tem que ser dividida com a de defesa de mandatos, do próprio presidente e de lideranças parlamentares como o senador Aécio Neves – ameaçado também de prisão.

Num contraponto a esse cenário de crise política agravada, o Estadão, de hoje, destaca entrevista do presidente do BC, Ilan Goldfajn, com declaração colocada no título: “A incerteza aumentou, mas o que me interessa são as reformas e o ajuste”.

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